Grupo de rebeldes ligado à al-Qaeda teria arrancado cruzes e imagens e ateado fogo em igrejas cristãs católicas.
O cenário parece estar se tornando cada vez mais comum em igrejas cristãs na Síria, de acordo com a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Católicos da região afirmam que rebeldes islamistas ligados à al-Qaeda, aparentemente membros do Estado Islâmico do Iraque e o Levante (Isil), atearam fogo em uma igreja católica na cidade de Raqqa, no norte do país. Outro ataque parecido, na Igreja dos Mártires, que pertence a armênios católicos, também teria ocorrido esta semana.
Segundo a ONG, a cruz posicionada no alto da torre da igreja foi destruída e uma bandeira do Isil foi colocada no lugar. Acredita-se que o grupo tenha sido responsável pelo sequestro do padre italiano Paolo Dall’Oglio, que desapareceu na cidade em julho.
De acordo com uma agência de noticias armênia, a cruz foi recolocada durante a noite. A Igreja dos Mártires fica a 160 quilômetros de Aleppo. Extremistas também quebraram as paredes da igreja ortodoxa Sayida al-Bshara, onde todas as cruzes e imagens foram arrancadas, antes de um incêndio provocado pelos jihadistas. Não houve feridos nos ataques.
A ONG emitiu um comunicado denunciando os atos contra as igrejas em Raqqa e pedindo respeito religioso. Recentemente, o grupo Missionário Jesuíta procurou líderes do Estado Islâmico do Iraque e o Levante em sua sede, para tentar negociar a libertação de alguns reféns e conseguir uma trégua entre rebeldes islâmicos e curdos locais.
“Nós, do Observatório Sírio para os Direitos Humanos condenamos veementemente tais ações sectárias que contradizem as demandas do povo sírio em relação à justiça, liberdade, democracia e igualdade.”
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