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terça-feira, 22 de maio de 2012

Morcegos vampiros atacam rebanho de gado em Lages e podem transmitir raiva

Morcegos vampiros atacam rebanho de gado em Lages e podem transmitir raiva

Técnicos da Cidasc começaram a avaliar a periculosidade dos mamíferos

Morcegos vampiros atacam rebanho de gado em Lages e podem transmitir raiva Vani Boza/Agencia RBS
Morcegos hematófogos foram encontrados em Lages e rebanho corre risco de ser contaminado Foto: Vani Boza / Agencia RBS
Vani Boza

Um foco de morcegos hematófagos, também conhecidos como vampiros, foi descoberto no interior de Lages, na Serra Catarinense. Os animais atacam rebanhos de gado e criações de porcos e cavalos, e os produtores temem a transmissão da raiva pelos morcegos.

Os morcegos foram encontrados em uma casa abandonada há anos em um terreno na localidade de Cadeados, distante cerca de cinco quilômetros do centro da cidade. O proprietário da área informou a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), que enviou uma equipe até o local para avaliar a situação e periculosidade do problema.

Os animais são bem pequenos, medem cerca de 10 centímetros e pesam no máximo 200 gramas, mas se um deles estiver contaminado com o vírus da raiva, um rebanho inteiro pode ser perdido.

Os morcegos hematófagos são totalmente cegos, e se locomovem por radar. Os sensores térmicos que eles possuem nas narinas facilitam a localização de uma veia próxima da pele da vítima e os dentes incisivos fazem um rápido corte.

Uma refeição completa pode levar até 20 minutos de sugação. Um anestésico na saliva dos morcegos reduz a probabilidade de a vítima sentir alguma irritação com a mordida inicial, percebendo o ataque só após alguns minutos.

Segundo Valmor Bagio, veterinário responsável da Cidasc de Lages, esta espécie de morcegos se alimenta exclusivamente de sangue e têm hábitos noturnos.

— Eles saem à noite para procurar alimento e as presas são sempre animais vertebrados. Eles atacam geralmente no pescoço, que é um local de difícil defesa para esses animais — explica o veterinário.

Bagio fala ainda que os morcegos atacam em uma região de até 15 quilômetros e que há tempos a Cidasc já recebia denúncias de mordeduras em animais na região de Cadeados, mas o foco nunca havia sido encontrado.

A partir de agora, a Cidasc ficará responsável pelo controle dos morcegos que estão tirando o sossego dos produtores da região à noite. O primeiro passo, que já foi dado, foi capturar alguns morcegos e passar em suas costas um produto anticoagulante.

— Depois da alimentação, os morcegos têm o hábito de lamberem-se uns aos outros. Com esse produto que passamos neles, os morcegos que lamberem vão morrer asfixiados. Nossa primeira meta é reduzir a população deles nessa região — afirma Bagio.

O segundo passo será levar um dos morcegos capturados a um laboratório especializado, para que seja comprovada ou não a existência do vírus da raiva no animal.

O veterinário acredita que não haja, pois, no caso dos animais atacados terem sido contaminados, vários deles já teriam morrido, já que a raiva mata bovinos, por exemplo, em cerca de 20 dias.

Depois disso, o grande desafio da Cidasc será o controle dos morcegos. Segundo Bagio, em Lages existem vários focos, mas nem todos são sanguinários e todos são monitorados e controlados pela companhia, a fim de que não prejudiquem produtores.

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