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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Carros em alta velocidade estraçalham perua e matam feirante em Santo André

Carros em alta velocidade estraçalham perua e matam feirante em Santo André- veja o video -Imagens impressionantes mostram a falta de responsabilidade no trânsito

A polícia trabalha com a hipótese de que os dois motoristas participassem de um racha quando atingiram a perua

Imagens impressionantes mostram a falta de responsabilidade no trânsito. Em Santo André, na Grande São Paulo, dois carros em alta velocidade estraçalham uma perua e matam um feirante. A suspeita é de que os motoristas participavam de um racha.

Em segundos, um veículo em pedaços e uma morte violenta. A do motorista da perua: Luiz Simplício dos Santos Filho. Luiz tinha 56 anos, era pernambucano, feirante e morava em um bairro pobre de São Paulo. “Acordava cedo, era caseiro”, conta o filho, Bruno Simplício dos Santos.

Luiz comprava alimentos em uma central de abastecimento em Santo André, município vizinho a São Paulo. Era para lá que ele ia no dia 28 de janeiro. A perua entrou em uma avenida pouco depois das 5h30. Dois carros vinham logo atrás. O primeiro, de cor prata, era dirigido por Victor Joaquim ferreira, de 20 anos, técnico em telecomunicações; no segundo, de cor branca, o motorista era Glauco Fernandes, de 25 anos, vendedor. Tudo foi gravado por câmeras de segurança de empresas que ficam na avenida.

As imagens obtidas pelo Fantástico mostram o acidente em detalhes. De acordo com a polícia, os três veículos aparecem pouco antes da batida. Primeiro a perua; depois, os carros em velocidade mais alta. Em frente a central de abastecimento, a perua começa a virar à esquerda. No alto da imagem, é possível ver os carros se aproximando.

O prata tenta desviar da perua pela contramão e não consegue evitar o choque. O carro chega a erguer a perua, que tomba. Daí, a segunda batida. Uma testemunha que preferiu não se identificar viu Luiz ferido. “O senhor de bruços, deitado do lado da perua, da parte do meio da perua... E tentando respirar, fazendo força para respirar”, relata.

A violência do impacto pode ser medida pela situação em que ficou o veículo: uma montanha de ferros distorcidos dividida em três partes. A dianteira, o eixo e o restante da periferia. O motorista foi encontrado na parte traseira. Luiz, que estava com a carteira vencida, foi levado ao hospital com traumatismo craniano, mas morreu quatro horas depois.

De acordo com a polícia e testemunhas, Victor e Glauco, motoristas dos carros, saíram do acidente sem lesões. Este homem viu os dois no local. Ele diz que Victor, motorista do carro prata, era o mais abalado. “Ele estava em choque e passava muito a mão no cabelo. A namorada dele consolava ele”.

Nas imagens, os dois parecem dirigir em alta velocidade. “Os dois veículos envolvidos no acidente estavam possivelmente participando de um racha”, afirma o delegado Marcos Duarte. Em depoimento, Victor e Glauco negaram a informação. Glauco alegou estar apenas a 60km/h.

Qual era a velocidade dos veículos? Para responder a esta pergunta, nós voltamos ao local do acidente e convidamos um perito para fazer a estimativa. “Nós conseguimos, através das imagens e da desaceleração das marcas do local, estimar uma velocidade do veículo branco em 165km/h, com erro de 10% para mais ou para menos. Dada a deficiência na definição da imagem, não foi possível chegar com precisão a essa velocidade”, explica o especialista.

O laudo oficial da polícia, que vai determinar a velocidade de Victor e Glauco, ficará pronto em até 60 dias. Um homem diz ter visto os dois motoristas, em um posto de gasolina, na madrugada do acidente.

Repórter: Neste dia no posto, eles estavam juntos bebendo?
Testemunha: Sim, e muito.
Repórter: O que eles estavam bebendo?
Testemunha: Normalmente eles sempre bebem cerveja.

De acordo com os exames feitos pela polícia, Victor e Glauco não estavam embriagados. Os dois se recusaram a fazer o exame de sangue. O bafômetro só foi feito quatro horas após o acidente. Victor e Glauco passaram pelo exame clínico, que avalia os reflexos, sete horas depois das batidas.

Procuramos os dois motoristas. Fomos três vezes a casa de Victor, mas ninguém nos recebeu. Jazanias Oliveira Santos, advogado de Glauco, afirmou que seu cliente foi apenas uma vítima. “Ele vinha em velocidade compatível, não tinha ingerido bebida alcoólica, ele não participava de forma alguma de racha, de corrida clandestina”.

A família de Luiz, que tinha três filhos, está revoltada. “Você vê uma imagem daquela, a perua sendo estraçalhada e você saber que seu pai estava ali dentro. Para mim, eles são assassinos. São assassinos”, diz a filha, Pâmela Cristina dos Santos.

Se ficar comprovado que Victor e Glauco participavam de um racha, eles poderão ser indiciados por homicídio doloso, porque teriam assumido o risco de matar. “Eu tenho pena do fardo que eles vão ter que levar para o resto da vida. De deitar a cabeça no travesseiro e pensar: ‘Nossa, eu tirei uma vida. Eu matei uma pessoa inocente’”, afirma Pâmela.
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